quarta-feira, 27 de junho de 2012

É a economia livre, estúpido!

Mais uma vez foi muito interessante o Prós e Contras da passada segunda feira, subordinado ao tema “A nação posta à prova”, após um ano de governo de direita. No centro do debate esteve a política de austeridade, como não podia deixar de ser. Boa prestação tiveram os opositores desta política: não eram "políticos", mas académicos, e não tinham um discurso formatado. Foram capazes de jogar ao ataque, coisa muito rara na esquerda, e marcaram muitos pontos. Particularmente bem esteve António Hespanha, ao questionar que benefícios trouxeram até hoje as privatizações e as parcerias público-privadas. Do lado dos apoiantes da austeridade, o André Azevedo Alves foi a surpresa mais agradável do debate. Estou à vontade para o reconhecer pois foi das pessoas com quem mais polémicas tive na blogosfera. Ao contrário do que é (ou pelo menos era) costume no seu blogue, a alternativa liberal não foi apresentada como o "único caminho". Embora o André tenha frisado que alternativas como o não pagamento da dívida e a ruptura simples com a troika implicavam, para serem sustentáveis, a curto prazo défice zero. O André não abordou todas as possibilidades de renegociação da dívida, mas pelo menos neste ponto comportou-se como um académico e não como um propagandista. Bem ao contrário da sua companheira de bancada, Maria do Carmo Marques Pinto, para quem estava "fora de questão" o país não pagar a dívida nem cumprir os seus compromissos, sem sequer questionar quais desses compromissos eram efetivamente culpa do país e do povo. Quem tem mais dinheiro, como a Alemanha, deve poder fazer o que quiser com ele e, como tal, ditar as regras, no seu papel de mais forte; aos mais fracos, só resta cumprir. "Ouça, isto é uma economia livre!", argumentava a senhora, para defender a lei dos "mercados". Conceito curioso de liberdade, este.

5 comentários :

DOCTOR NO, NO, NO VIEGAS NO PLEASE- JUST SAY NO disse...

Oh Flipper, deves ter saído muito muito, muito puto para o Texas e deslumbrado pelas relvas gigantes que apascentam os hamburgures andantes, deves ter-te esquecido dos tempos em que os juros torcionários eram pagos em escudos e se bem me lembro só se foram abaixo dos 6% algures nos anos de nosso Guterres, cognominado o mão morta, ministro do reyno do cabeça de cenoura de difícil discurso, mas para nossa felicidade de escassa memória

Resumindo: é a economia stupido cúpido que deitando mais papel na economia, vai servindo os interesses de uns mas é deletério para outros

Um exemplo, um gaijo aforra duzentos contos em 1985 ou 86 e agora terá desses 200 em flor 5000 eurros

ou meteu uma nota de quinhentolas nessa data e agora tem 14 ou 15 eurros

e em verdade vos digo que com 500 mél réis comprava mais jornalecos de pataco para limpar o cu, do que nos dias em que a eurropa se afunda

Logo num cenário de recessão, ou de obras púbicas à tonelada, levantar as bases de uma economia que produza bens de valor que paguem aos credores eurropeus leva anos

Infelizmente isto não é o texas com poços de pitroil em toda a parte
nem com manadas de vacas prontas para se cortarem em bifes

DOCTOR NO, NO, NO VIEGAS NO PLEASE- JUST SAY NO disse...

A alternativa não pagamos, mas não pagamos mesmo já foi feita no passado, o que deu mau resultado para pombos que passam com arroz e gatos que passam por lebre
A alternativa vamos já pagar para poupar nos juros, tamém por uns gaijos que gostavam de usar casacas negras, um se bem me lembro andava com azar e o outro ainda nã andava mas chamava-se ce au ses cu..o que nã lhe augurava niente bono (vox)
Mas poupar nos juros à custa da fomeca da populaça cigana e dos gaijos abarracados

só funciona se os furares mais depressa do que se levantam

O Jean Bedel tamém quiz evitar pagar
os desmandos da sua corte
mas infelizmente nem todo o povo optou pela dieta canibal

e o número de famintos afundou o regime do não pago

claro que isto é em países bárbaros
e nós afinal somos gregos
nã somos argentinos

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

algures nos desertos da margem sul, uma das repúblicas socialistas soviéticas de beja aumentou a sua dívida de 7 mil e 200 milhões para 7 mil e quinhentos milhões de dólares, cousa pouca numa terra com 20 milhões de alentjanos e só com um peso da dívida de 25% sobre el Pibe e crescia uns 3% a magana económica em termos reais em 2007 e 2009... o governo da terreola cortou nas taxas de juros dos empréstimo, subsidiou o cimento e o gasoil

infelizmente em 2010 para diminuir os 300 milhões
300/7200 uns meros 4,2% do déficit e para pagar uns carros de corso novos elevou os preços subsidiados de alguns itens em 20%, principalmente o pão e o da gasolina e também o do cimento e tjolos
e instaurou um sistema de racionamento em 2008 com mares de pitroil ali ao lado.... Além disso, o Banco central emitiu papeis do tesouro e títulos de dívida pública numa economia estátizada

mas nasciam mais 300 e tal mil putos por ano e com os pais no desemprego e inflação a subir,

eles dizem que el PIB há 12 meses era de 82 mil milhões de dólares na moeda deles

mas para os merikanus el PIBE à taxa de câmbio oficial(dos merikanos tá claro) era só de
$24 mil milhões
e como os gaijos queriam comer pão de trigo amarikado

o trigo russo ardeu nos incêndios de 2010


PIB - por setor:
Agricultura: 25%
Indústria: 26%
Serviços: 49 % (
Petróleo, têxteis, processamento de alimentos, bebidas, tabaco, fosfato, cimento, sementes oleaginosas e montagem de automóvel.

Taxa de crescimento da produção industrial
-0,4% (est. 2007.)

Energia elétrica
Produção: 34.94 bi kWh (est. 2005.)

Consumo: 34 bi kWh (est. 2005.)

Exportação: 986 mi kWh (est. 2005.)

Importação: o mi kWh (est. 2005.)

Petróleo
Produção: 380 mi barris/dia (est. 2005.)

Exportações: 150 mi barris/dia (est. 2004.)

Importações: 160 mi barris/dia (est. 2004.)

Reservas: 2.5 bi barris (est. 2006)

Gás natural
Produção: 7.8 bi m cu (est. 2005.)

Consumo: 4.4 bi cu m (est. 2005.)

Exportações: 0 cu m (est. 2005.)

Importações: 0 cu m (2005)

Reservas: 240 bi cu m (2006 est.)

Balança comercial
$2.16 bilhões (est. 2007.)

Exportação
$10.58 bilhões f.o.b. (est. 2007.)



Commodities:

Petróleo bruto, minérios, produtos petrolíferos, frutas e legumes, fibra de algodão, têxteis, vestuário, carnes, animais vivos e trigo.



Parceiros:

Iraque 27.3%, Alemanha 12.1%, Líbano 9.5%, Itália 6.6%, Egito 5.3% e Arábia Saudita 4.8%.

Importações
$12.38 bilhões

Aeroportos
90 (2007)

Com pistas pavimentadas: 27

Com pistas não pavimentadas: 64

é a livre e cono mia
فيروز

São Canhões? Sabem mesmo a manteiga... disse...

nã sey se percebeste a histéria...

é simplex nã pagamos nã pagamos mas nós tamos no Texas

Doctor Who ? How? We the Happy few band of.... disse...

e a dita Alemanha nem tem assim tanto dinheiro, basta juntar os 1200 000 milhões espanhóis aos 1700 mil milhões itálicos e os 2mil e 600 mil milhões alemães d'el pibe parecem minúsculos

20 milhões de sírios só deviam 7,5 mil milhões de dólares?

se calhar precisamos de importar mais sírios
mas infelizmente os que temos cá fogem aos impostos